segunda-feira, 28 de maio de 2018

Layouts na Web

DO FRAMES AO TABLELESS - O CAMINHO DAS PEDRAS NA CRIAÇÃO VISUAL PARA WEB.


Falarem layout ou designe sem pensar em Internet é muito mais fácil. Qualquer um consegue imaginar um profissional que mescla cores e formas, seja em uma tela de pintura ou na disposição de objetos dentro de um cômodo, ou até mesmo usando um software de desenho para criar uma pela publicitária: é como se essas coisas estivessem muito mais ligadas ao sentido de criação visual. Na Internet, sempre foi um pouco mais complicado encarar o significado de layout.
Para gerar o layout de um site em um programa de design, é tudo muito lindo. Essa etapa do projeto, em que se pode inventar, rabiscar e imaginar, também está ligada ao sentido que citamos. É como pintar um quadro no computador, com o objetivo de falar com as imagens, os traços e as cores, tentando passar a idéia ou a expressão que se busca criar nas cabeças de quem vir aquela imagem. O grande problema começa quando a gente deve transpor a criação visual para a prática.
Porque site não é como tela de pintura ou peça publicitária, que fica lá, parada, esperando você passar, olhar, admirar ou simplesmente não gostar e pronto. No site, existe interação; o site funciona e "vive" graças ao visitante. Então, não bastar ter cara, precisa ter um motor, tem de funcionar,tem de realizar uma série de tarefas, e é por isso que se repete na internet o velho dilema Arquiteto versus Engenheiro, na versão Designer versus Programador. Claro que não é sempre assim que funciona, mas só para não perder o clichê, digamos que, como o arquiteto, o designer cria e, como o engenheiro, o programador se vira para fazer aquilo se tornar algo real.
Claro, não dá para generalizar e talvez, hoje, não seja bem assim que funcione, mas o clichê serve muito bem para exemplificar a diferença de sentido entre criar algo visualmente apenas pelo sentido estético e adaptar isso a uma ferramenta ou objetivo interativo ou funcional. Traduzindo: passar o layout de um site para a realidade de um site concreto.
É por isso que, ainda hoje, existem diferenças de opinião quanto a que tipo de técnica utilizar quando se vai adaptar o layout de um site, quando se vai programar o site. Tabelas? Frames? Css Tableess? Por aonde caminhar? As opiniões são muito divergentes, mas o Tableless ganha cada vez mais força entre usuários e apoio de diversas entidades ou órgãos de regulamentação Web, como W3C e os novos padrões Web. Além das pressões de mercado, é claro, há necessidade de se ter um site visível, que seja legível aos motores de busca e, portanto, facilmente localizado.
Vamos tentar entender um pouco dessas diferenças? Quando começaram a surgir os primeiros sites para internet, ainda em HTML básico, era visível a preocupação muito mais funcional que visual, até pelas grande limitações que as ferramentas disponíveis na época apresentavam. Víamos diversos sites com frames, ou seja, uma coluna lateral ou superior, em que era colocado o menu, e outro retalho do site, do qual vinha o conteúdo. A divisão era bem grosseira mesmo, com uma linha que nada tinha de harmônica com o layout. Mas, como foi dito, nessa época, o layout era realmente fraco, com limitações; o mais importante era passar a informação.
Com o tempo, os usuários passaram a montar seus layouts utilizando tabelas. Como assim? Simples, imagine que seu layout é uma imagem retangular de um site, estático. Recorte-o em quadrados, como se este fossem as células de uma tabela. Pronto, isso era colocado na Web dessa maneira. Em determinadas células, temos imagens estáticas; em outras, uma imagem de fundo com texto por cima e se juntarmos todos os pedacinhos de imagens e colarmos, temos a figura original do layout. Essa técnica permitia uma fidelização ao layout que foi criado originalmente e, ao mesmo tempo, permitia transmitir o conteúdo. E por um bom tempo esse foi o padrão, com algumas variações e novas ferramentas é claro, além dos avanços em linguagem de programação.
Ainda caminhando na jornada da "busca do layout perfeito", eis que surgiu o Flash. Talvez esse tenha sido o boom da vitória do layout sobre a funcionalidade. O Flash era como representação viva do layout funcional. Estética, interatividade, harmonia entre os elementos e objetos, com a possibilidade de invetar e sonhar cada vez mais alto com os códigos de programação. Choveu sites em Flash na Web, e até hoje existem muitos que são feitos apenas com ele. Isso representou um divisor de águas, criando o produtor de sites em Flash e o produtor de sites estáticos, que utilizam ferramentas diferentes, com conceitos distintos, mas que divulgam o mesmo tipo de serviço e visam ao mesmo tipo de produto.



Até então, parecia que a coisa não ia mudar muito. A tendência era melhorar gradativamente as ferramentas e se manter nessa linha. Eis que surge alguém que percebe a importância de se encontrar um site na Internet. E como se encontram sites na Internet? Pesquisando nos motores de busca. E o que os motores de busca procuram? Imagens? Arquivos SWF? Não, ele lêem o código do site. Ué, mas se vejo o site como os olhos, e o spider com o código-fonte, não vai dar problemas? Vai. E aí nasce o Tableless. Chega de Flash, chega de tabelas, vamos apagar e fazer direito. Vamos utilizar as tags do código para finalidades para as quais elas realmente foram criadas, ou seja, eu só vou usar uma tabela quando dentro da página do meu, site houver uma tabela com informações,como se fosse um arquivo Word. E isso se aplica a todo o resto; o sentido principal da tag passa a ter mais importância, voltamos para a importância do código, porque, agora, quem determina o que aparece ou não na Internet é o spider, que faz a varredura de seu site. Ele lê o código como deveria ser lido quando foi criado. Ou seja, meu amigo, tabela é tabela, divisão de conteúdo é divisão de conteúdo, texto é texto, imagem é imagem e assim por diante. Não me venha pegar uma figura e recortá-la em tabelas porque eu vou ficar confuso, vou achar que aquilo tudo é uma tabela e não um site com conteúdo relevante.
É nesse pé que estamos, hoje, em relação à Web. Tableless é o assunto do momento. E talvez essa técnica seja a mais adequada para se juntar conteúdo e forma, da maneira mais verdadeira, semântica e técnica. Mas não dá para negar que tudo isso se deve a uma demanda de mercado. Ruim? não sei.
Sei que é assim que o barco está caminhando. Claro que ainda existem os que preferem Flash e tabelas, ainda há discussão, por diversos motivos. E mesmo os motores de busca têm se adaptado para melhor enxergar o material da Internet que não se adaptou ao Tableless. Mas até quando ficaremos assim? Voltaremos de novo à supremacia do layout? Não é possível saber. O que será que vem depois de Tableless? Se é que vem, só o tempo e o mercado vão dizer.

Fonte: Digerati.


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